segunda-feira, 31 de maio de 2010

O amor

Ontem, perdida em pensamentos, notei que a conjugação da primeira pessoa do plural do verbo amar é igual tanto no presente do indicativo quanto no pretérito perfeito. Ou seja, nós amamos sempre. Já teve um acento diferencial entre esses dois tempo, mas ele era tão insignificante no amor que se foi.
Não existe passado no amor. (Há quem diga que não há presente, mas eu não sou dos pessimistas.) O amor, aquilo que se compartilha com o outro, é sempre presente. Nós amamos. Nós nos amamos. Agora.
Talvez seja essa a chave para não se temer a morte do amor. Porque ele não morre, ele continua. O que pode morrer são os sonhos, a esperança, mas nunca o amor. Com o amor que morre a solidão, a dor, a tristeza, porque amor que dói não é amor.
Amor é o que faz bem, o que completa, o que alegra. É a troca, a cumplicidade, é o um.
Assim, amor, lhe digo: nos amamos sempre no tempo presente.

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