segunda-feira, 31 de maio de 2010

O amor

Ontem, perdida em pensamentos, notei que a conjugação da primeira pessoa do plural do verbo amar é igual tanto no presente do indicativo quanto no pretérito perfeito. Ou seja, nós amamos sempre. Já teve um acento diferencial entre esses dois tempo, mas ele era tão insignificante no amor que se foi.
Não existe passado no amor. (Há quem diga que não há presente, mas eu não sou dos pessimistas.) O amor, aquilo que se compartilha com o outro, é sempre presente. Nós amamos. Nós nos amamos. Agora.
Talvez seja essa a chave para não se temer a morte do amor. Porque ele não morre, ele continua. O que pode morrer são os sonhos, a esperança, mas nunca o amor. Com o amor que morre a solidão, a dor, a tristeza, porque amor que dói não é amor.
Amor é o que faz bem, o que completa, o que alegra. É a troca, a cumplicidade, é o um.
Assim, amor, lhe digo: nos amamos sempre no tempo presente.

domingo, 23 de maio de 2010

Tempo

Bobos aqueles que se afobam dizendo que não há mais volta para nós, que o aquecimento global já passou dos limites, que já usamos nossos recusos naturais demasiadamente etc.
Bem verdade que fizemos tudo isso, mas nunca há volta. Nunca. Cada passo que damos, cada escolhas que fazemos é um "cada" único. Não existe um "ctrl z" que possamos apertar e desfazer nosso movimento. Nossos movimentos são sempre ascendentes, por isso nunca é tarde demais.
Seria tarde demais se tivéssemos um tempo para voltar atrás. (In)Felizmente Einstein não conseguiu descobrir como isso seria possível.
Como seria se pudéssemos, dentro do campo espaço-tempo-futuro, nos matar no passado antes de termos entrado nele?
Assim é o meio-ambiente, o petróleo, o clima. Tempo ascendente. Reduzir consumo não é mais útil, porque somos cada vez mais em número. Movimento ascendente. Temos que descobrir formas de burlar os efeitos da degradação ambiental e não tentar parar com isso, porque "isso" não pára. Tecnologia ascendente.
Temos que projetar o futuro. O passado não volta. Não é clichê, é física.
Quanto às decisões erradas, que fiquem lá.
Quanto a nós, meu amor, movimento ascendente.