sexta-feira, 17 de abril de 2009

Loucos Tempos

Eu sabia que quando começassem as aulas minha produção escrita iria cair muito. Enfim, aqui estou.
Um dia disse para uma amiga que ia falar mal de deus aqui. Resolvi falar mal dos homens, os fantásticos (de fantasia) criadores de deus à sua imagem e semelhança.
Desde pequeno nos ensinam que deus nos criou à sua imagem e semelhança. Escreveram até um grande livro chamado bíblia para provar isso. Tudo o que eles conseguiram me provar foi o contrário.
Deus, o todo poderoso, o acima do bem e do mal, o provedor, o exigente de boas atitudes, de amor acima ao próximo acima do ilimitado, jamais criaria homens tão frios e cruéis com seu semelhante.
Mas o homem sim. Esse homem violento, calculista, capaz de atrocidades infames contra seus irmão, é capaz de criar um deus onde ele possa descarregar toda sua maldade como vontade divina.
É muito conveniente colocar culpa da desigualdade social (e todas as outras mazelas humanas) criada e reafirmada todos os dias por uma sociedade negligente, composta desses mesmos homens, nos karmas da vida passada ou como um castigo divino.
Deus, coitado, se tornou uma mera ilustração do espetáculo, um pobre bode expiatório.

Mas o dia do juízo final está chegando. Vamos ver quem sobrevive: deus ou o homem.

"y el sudor de cristo dibujado sobre un manto"

Um comentário:

  1. Não tenho problema com Deus, nem com os homens. Não mais. Não me preocupo com a criação ou o surgimento de nenhum dos dois. O que realmente me incomoda é o modo como ambos são encarados.
    Deus (se invenção) é uma invenção incrível desde que encarado de uma forma madura e coerente.
    Acho, contrariando Nietzsche, que os sentimentos que a idéia de Deus desperta, principalmente no cristianismo, são fantásticos e estão longe de enfraquecer o homem.
    Mas o homem, que já se perdeu na noção do que é o próprio homem, se perde também na noção de Deus e faz de Dele um mito distorcido.

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